Clarice Lispector faria hoje 100 anos. Dos muitos trechos de seus livros, um sempre me chamou a atenção. Em A Paixão segundo G.H diz: “Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir – nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.” Quem era essa mulher que escrevia como quem rasga a própria carne? Que ao mesmo tempo em que se expunha tomava cuidados para não se mostrar por inteiro? No ano de seu centenário tive a satisfação de ver publicado em livro artigo meu intitulado “A FICÇÃO DE CLARICE LISPECTOR : ENTRE ESPELHOS E LABIRINTOS”, o qual disponibilizo agora para leitura com leitores e seguidores do Letras e Livros. Conseguiremos desvendar os mistérios de Clarice? Tentemos. Será impossível sairmos incólumes.
A FICÇÃO DE CLARICE LISPECTOR : ENTRE ESPELHOS E LABIRINTOS
Vladimir Lima ARAÚJO
Resumo: Em artigo publicado na revista Alea, o escritor João Camillo Penna conta que, ao ser procurada por jornalistas para entrevistas, Clarice Lispector teria dito : “sou muito ocupada. Eu cuido do mundo”. O presente trabalho tem por finalidade tentar responder, muitas vezes através de outras perguntas, qual o mundo de Clarice. Na escrita da autora, estão presentes temas onde se misturam indelevelmente questões relativas à condição humana, vieses filosóficos e à linguagem que, como agulha a qual costura num mesmo tecido seu processo de composição literária, une o que está dentro do ser humano com o que se depreende da realidade em suas formas mais brutas. Ao final da pesquisa, impossível deixar de concluir que no escrever de Clarice o que acontecia do lado de fora transformava-se em matéria-prima que iluminava e fazia crescer o que se escondia no núcleo poético de seus personagens.
Palavras-chave: Clarice Lispector, condição humana, ficção, literatura.
Se o “mito é o nada que é tudo” (1986, p.72), como escreveu Fernando Pessoa, onde estaria Clarice Lispector dentro de uma perspectiva na qual seu processo de composição literária emerge de um vazio que precisa ser explicado? Epifânica, messiânica, nada disso ou tudo isso inserido na busca por definir em palavras o indefinível de todos os seres?
Na tessitura poética da autora percebe-se de forma clara a amplitude de uma formação que nada tem de comum. Seu universo é construído tanto a partir do campo literário onde transitava por entre escritores como João Cabral de Melo Neto, Lucio Cardoso e Fernando Sabino quanto pelas experiências vividas nos países onde residiu entre as décadas de 1940 e 1950. Tendo experimentado boa receptividade de crítica com seu romance de estreia, Perto do coração selvagem (1944), Lispector passa a desenvolver uma narrativa caracterizada por experiências de vida onde ficção e realidade se misturam e que estariam presentes em livros como O lustre (1946), A cidade sitiada (1949) e A maçã no escuro (1961).
Na figura da escritora externada nos textos que produzia, percebe-se de forma inegável a presença de um algo a mais refletido nas entrelinhas que deixavam espelhar as angústias e questionamentos de seu tempo e que viriam a compor os fundamentos de sua construção literária.
Em seu livro O Deserto dos Tártaros (1940), o escritor italiano Dino Buzzati conta a história de Drogo, militar que, sempre em prontidão, deixa passar toda sua vida no alto de um forte esperando por uma guerra que nunca acontece. Oriunda de uma família de judeus russos, não necessariamente religiosa, reservada ao ponto de pouco receber amigos em casa, Clarice, encimada no alto de sua torre tal qual o militar de Buzatti, observava o que se passava ao redor de si mesma e traduzia de acordo com seu idioma próprio uma literatura em que, no dizer do crítico Antonio Candido “era o trabalho sobre a palavra que gerava o mistério, devido à marcha aproximativa do discurso, que sugeria sem indicar, cercava sem atingir, abria possibilidades múltiplas de significado. O mundo misterioso era expansão do mistério próprio do verbo” (CANDIDO, 1989, p. 19). Em seu processo de composição, o cotidiano reveste-se de reflexões filosóficas onde um tempo ficcional é criado a partir do que é percebido e sentido por seus personagens. Em sua busca por exteriorizar o incontido, revela-se. Em A Paixão segundo G.H. (1964) vai mais além e provoca:
“Oh Deus, eu me sentia batizada pelo mundo. Eu botara na boca a matéria de uma barata, e enfim realizara o ato ínfimo. (…) O mundo independia de mim – esta era a confiança a que eu tinha chegado: o mundo independia de mim, e não estou entendendo o que estou dizendo, nunca! nunca mais compreenderei o que eu disser. Pois como poderia eu dizer sem que a palavra mentisse por mim? como poderei dizer senão timidamente assim: a vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro.” (LISPECTOR, 1986, p. 174-175)
Martim, Joana, Macabéa. Se para Clarice sua escrita existia “como se fosse para salvar a vida de alguém”, até que ponto seus personagens possuíam o condão de expor o que nela estava oculto? A resposta talvez venha da irrefutável conclusão de que na construção poética de sua obra a existência e condição humanas se mostram inseparáveis. Se, quando falamos em investigações filosóficas imediatamente tecemos considerações sobre a verdade que se busca conhecer acerca de algo, em Clarice essa verdade é retirada do âmago de seus personagens trazendo à tona o que estava oculto a fim de que seja visceralmente exposto ao mundo. “Tem gente que cose para fora, eu coso para dentro.” (LISPECTOR, 1999, p.3). A frase dita pela autora como que para explicar seu processo criativo revela muito de suas relações com seus personagens. Para definir o que percebia do mundo exterior, Clarice tece com os fios da solidão, da morte, das angústias e idiossincrasias de cada um de seus personagens o novelo que os enreda. Em sua escrita, o ser existe menos para conquistar o que está do lado de fora do que para aventurar-se nos meandros e abismos de sua alma.
Em agosto de 1971, deu a uma de suas crônicas o título de “Eu sou uma pergunta”. Se Clarice era mesmo uma ou infindáveis perguntas, quais oráculos então haveriam de ser consultados para decifrá-la? Em uma perspectiva menos cuidadosa, até se poderia pensar que sua literatura tão flagrantemente intimista a torna alheia às questões que emanam do mundo que a rodeia. No entanto, arriscamo-nos a dizer que o que se observa em Clarice encontra paralelo na literatura de Kafka em que a realidade banal e cotidiana da vida pode quebrar-se no próximo instante provocando indiscutivelmente discussões sobre a condição humana.
Caso resolvamos retomar o raciocínio que inaugura este artigo, imperioso perceber que o que há de oculto e caracterizador nos personagens de Clarice foi trazido aos seus leitores através de situações, questionamentos e composições frasais onde o mito, ou seja, aquilo que não se vê, mas sabe-se presente, pode ser definido. Imergir, pois, no universo clariceano, pode, caso não seja feito de maneira cuidadosa, fazer com que seu leitor possa sucumbir à ideia de que sua literatura é avessa ao que é externo, ao que se atribui como realidade. Nada mais falso. Nas entrelinhas do que escreve, o que está escondido no interior de seus personagens é claramente um reflexo de percepções obtidas através de um contato extremo, cruel e doloroso com o mundo real. A poética de Clarice não deixa margens para o indizível ainda que muitas vezes para se ter contato com determinadas imagens, espelhos tenham que ser estilhaçados. Para tirar a teima, vejamos trecho da crônica “Uma amizade sincera” originalmente publicada em A legião estrangeira ( 1964):
“Esse estado de comunicação contínua chegou a tal exaltação que, no dia em que nada tínhamos a nos confiar, procurávamos com alguma aflição um assunto. Só que o assunto havia de ser grave, pois em qualquer um não caberia a veemência de uma sinceridade pela primeira vez experimentada. Já nesse tempo apareceram os primeiros sinais de perturbação entre nós.
(…) Se ao menos pudéssemos prestar favores um ao outro. Mas nem havia oportunidade, nem acreditávamos em provas de uma amizade que delas não precisava. O mais que podíamos fazer era o que fazíamos: saber que éramos amigos. O que não bastava para encher os dias, sobretudo as longas férias. Data dessas férias o começo da verdadeira aflição.
(…) Encerrada a questão com a Prefeitura – seja dito de passagem, com vitória nossa – continuamos um ao lado do outro, sem encontrar aquela palavra que cederia a alma. Cederia a alma? mas afinal de contas quem queria ceder a alma? Ora essa.
Afinal o que queríamos? Nada. Estávamos fatigados, desiludidos.
A pretexto de férias com minha família, separamo-nos. Aliás ele também ia ao Piauí. Um aperto de mão comovido foi o nosso adeus no aeroporto. Sabíamos que não nos veríamos mais, senão por acaso. Mais que isso: que não queríamos nos rever. E sabíamos também que éramos amigos. Amigos sinceros.” ( LISPECTOR, 2016, p. 338-341)
Os dois amigos sentem o que os une, mas não se esgueiram de absorver o mundo. Experimentam uma realidade que sempre será capaz de mudar o que se tem por eterno dentro de si mesmo. Para os personagens, a amizade que lhes parecia intrínseca é golpeada pelo que se tornou visível, manifesto, descoberto. Pelos labirintos de Clarice, o leitor é levado a perceber a desconstrução de invólucros sempre que seus personagens renascem de si mesmos através de experiências cotidianas. Na crônica citada, os dois amigos já não se bastam. Querem-se, mas por imposição do mundo real e de seus próprios universos interiores, experimentam uma espécie de autoconhecimento que os faz desejar ir embora. Para eles, afastar-se parece ser a melhor solução, pois estão cheios. Cheios de si próprios e daquilo que conseguiram absorver um do outro e por isso, esvaziar-se talvez seja preciso. Talvez seja preciso mais que viver. Em outra crônica, “Saudade” publicada em 1968, diz:
“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgente que se tem na vida” ( LISPECTOR, 2016, p. 110)
Como se observa em vários personagens que habitam a linguagem de Clarice, a verdade é buscada através da dor, da perda, das perguntas, da angústia, pela simples razão de que eles mesmos não a tem, buscam-na. E se a buscam, assim como procuram respostas para suas incertezas tem plena convicção de que nada é fixo ou imutável. De acordo com Heidegger em “ A caminho da linguagem (2003), o homem não pode se considerar como o senhor da linguagem pois, se assim o fizesse, não conseguiria escutar seus chamados. Dessa forma, no escrever da autora o que se percebe é a linguagem se confundindo com a vida na tentativa de que sejam decifrados os enigmas perpétuos que gritam e clamam por ser desvendados.
“Porque acontece que ele queria a palavra. Enquanto fosse quem era estaria preso à sua própria respiração à espera de que ela o unisse a si mesmo, vivendo com essa palavra na ponta da língua, com a compreensão quase por se revelar, nessa tensão que termina por se confundir com a vida, e que é ela própria, acontece que ele queria a palavra. (…) Mas a palavra, a palavra ele ainda não a tinha.” ( LISPECTOR, 1998, p. 166)
Marca indelével na obra de Clarice, experiências de vida triviais e corriqueiras servem como cenário para a exteriorização daquilo que os personagens trazem enovelado em si mesmos, e que na maioria das vezes desconhecem. Envoltos em um mundo muitas vezes absurdo, desenvolvem ao longo das narrativas descobertas as quais se assemelham ao que se poderia chamar de epifania, ou seja, aquele momento perdido no tempo e no espaço onde o personagem percebe situações, sentimentos e reflexões que outrora seriam impossíveis. É o que acontece em “Tentação”, conto que faz parte do livro A legião estrangeira quando a menina ruiva e com soluço percebe, não sem dor ou angústia, que havia chegado o momento em que a vida falava mais alto, não havia espaço para questionamentos e que as coisas ocorrem porque têm que ocorrer. No final do conto e através da decisão tomada por um cachorro, a personagem é forçada a aceitar sua própria desconstrução. “Com o acontecimento nas mãos”, constata seu lugar no mundo.
“Mas ambos eram comprometidos.
Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo dobrar a outra esquina.
Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.” ( LISPECTOR, 2016, p. 315)
Para alguns, a autora de Água Viva mereceria o epíteto de “escritora das epifanias”. Ora, se tomarmos pela origem, o termo epifania provém do vocabulário teológico; epipháneia, “manifestação, aparição”. Se assim o é, não há como se concordar com tal alcunha já que, a cada conto ou romance, os personagens de Clarice muitas vezes empreendem uma insana busca pelo decifrar-se e, não raro, acabam devorados por si mesmos. Se enveredarmos, a partir de agora, por um viés filosófico, importante ressalvar que em seus escritos temas como a angústia, o nada, as dores do espírito impregnam seus personagens que acabam por ressaltar na obra da autora ecos do existencialismo sartreano. Para Sartre ( 1998, p. 782), “A realidade humana não tem desculpas: somos responsáveis pelo mundo, porque o elegemos. O homem é o único legislador de sua vida, e a única lei de sua existência diz apenas: ‘escolhe-te a si mesmo’” .Ou então, como prefere Jules Lequier: “Fazer e, ao fazer, fazer-te”. A cada momento o homem deve escolher o seu Ser, lançando-se continuamente a seus possíveis e constituindo pouco a pouco a sua essência através dessas escolhas, contando, para agir, somente com a voz de sua consciência.” (1995, p. 90).
Em “O que é angústia”, crônica escrita em 1972, a autora ressalta esse sentimento inserindo-o como matéria prima da própria existência:
“Angústia pode ser não ter esperança na esperança. Ou conformar-se sem se resignar. Ou não e confessar nem a si próprio. Ou não ser o que realmente se é, e nunca se é. Angústia pode ser o desamparo de estar vivo. Pode ser também não ter coragem suficiente de ter angústia – e a fuga é outra angústia. Mas angústia faz parte: o que é vivo, por ser vivo, se contrai.
Esse mesmo rapaz perguntou-me: você não acha que há um vazio sinistro em tudo? Há sim. Enquanto se espera que o coração entenda.” ( LISPECTOR, 2018, p. 535)
Antes, porém, que se possa querer intuir apressadamente que na construção poética de Clarice a filosofia está presente de forma proposital, torna-se imperioso lembrar que não se pode afirmar com precisão que a autora foi diretamente influenciada por esta ou aquela corrente filosófica. Sim, em toda sua obra o que se percebe é uma tentativa de explicar o mundo que a rodeia através de uma busca a qual sempre tem início dentro de si mesma. É através do uso da linguagem como veículo supremo que Clarice Lispector consegue alcançar a filosofia para explicar meandros da existência humana. Utilizando a arte traduzida em literatura, a autora consegue reler o mundo e a sociedade na qual ela está inserida ao mesmo tempo em que faz de seus personagens atores deste mesmo mundo e que, por sua vez, também traduzem ambiguidades, conflitos e controvérsias obtidos por esse contato com a realidade. É através da sua linguagem que ela consegue transpor para dentro de um mundo teoricamente ficcional o que percebe fora, no dia a dia, no contexto banal e cotidiano da sociedade que a cerca.
Sobre esse ponto e, cite-se por oportuno, que em seu Sobre o programa para a filosofia futura (Über das Programm der kommenden Philosophie), de 1918, em raciocínio que vai se contrapor a Kant, Walter Benjamin já delineava a ideia de que a “experiência” requereria para si uma “autenticidade de conteúdos metafísicos mais profundos”. No universo clariceano, o fato que a distancia de qualquer afirmação que a tome como escritora apartada do mundo real e descompromissada com temáticas sociais é sua obra em si, vez que esta retrata em seu bojo as angústias de seus personagens obtidas pela observação atenta do que o mundo real revela. Sobre o tema cite-se :
“Se a sociedade brasileira se esbatia politicamente na força coercitiva do Estado e seus lugares-comuns tradicionais, a escritora lutava também contra esses estereótipos que se materializavam em linguagem. Sua atitude, embora num plano de superfície não fosse político, correspondia, na verdade, a um modelo de comportamento que ultrapassava sua individualidade e, dessa forma, ligava-se a uma práxis social mais abrangente. Caminhavam igualmente juntas a aventura da enunciação, que procurava sua plenitude entrevista nas palavras, e a aventura da criação literária, ela também emparedada, a se estabelecer por sobre as brechas do sistema cultural estabelecido.” (ABDALA JÚNIOR e CAMPEDELLI: 1989, p. 202)
No decorrer de todo o processo de composição da autora o que se enxerga como enigma se traduz ao final em reflexões e conclusões acerca de seu tempo e da realidade de seus personagens numa tentativa de compreender sua própria condição humana. Longe de ser panfletária, “minha ação é a das palavras” ( BORELLI, 1981, p.33), e sugando de suas influências não mais que o necessário para a construção de uma escrita a qual trazia o mundo real para que fosse revelado dentro de seus personagens, Clarice não busca iluminar, no máximo, entreabre a porta para que a luz seja feita.
Abstract: In an article published in Alea magazine, writer João Camillo Penna says that when asked by journalists or people interested in interviews, Clarice Lispector would have said : “I am very busy. I take care of the world”. This work aims to try to answer, often through other questions, what is the world of Clarice. In the author’s writing there are themes in which issues relating to the human condition, philosophical biases and the language that, like a needle that sews in a single fabric, its process of literary composition unites what is inside the human being with what is inferred from reality in its most crude forms. At the end of the research, it was impossible not to conclude that in Clarice’s writing what happened outside was the raw material that illuminated and made grow what was hidden in the poetic core of her characters.
Keywords: Clarice Lispector, human condition, fiction, literature.
REFERÊNCIAS
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HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003.
LISPECTOR, Clarice. Perto do coração selvagem. 1ª. Ed. Rio de Janeiro: Rocco,
1998.
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LISPECTOR, Clarice. Todas as crônicas. 1ª. Ed. Rio de Janeiro. Rocco. 2018.
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(ARAUJO, Vladimir. A FICÇÃO DE CLARICE LISPECTOR : ENTRE ESPELHOS E LABIRINTOS, in Um livro de interpretação literária, Fortaleza, 2020, Ed. Expressão Gráfica)