Quando é dia de futebol
Antologia de contos, crônicas e poemas sobre a paixão pelo esporte compartilhada pela nação e o poeta, Quando é dia de futebol retorna em novo projeto, com posfácio de Pelé.
Logo no início desta antologia, Drummond anuncia em que campo ela será disputada: “Futebol se joga na alma.” Para o poeta, que via em todo torcedor um ameaçado de morte, o esporte definidor do brasileiro estaria intimamente ligado à ideia de mistério. Magia e ilusão eram palavras que lhe caíam bem na hora de estabelecer a intangibilidade de nosso amor pela bola. Mas Drummond entendia que o futebol expressava sobretudo uma emoção política. Nossas vitórias, escreveu, abriam os olhos do povo para suas “negadas capacidades de organização, persistência, resistência, espírito associativo e técnica”. Mais que isso: permitiam à nossa gente que descobrisse a si mesma.
Organizados cronologicamente, acompanhando as copas que nossa seleção venceu ou deixou de vencer entre 1954 e 1986, os poemas, crônicas e cartas reunidos neste livro também analisam os conturbados anos que precederam e se seguiram ao golpe de 1964. A Tostão, Zagallo, Gérson e Rivelino misturam-se personagens de outros certames, como Médici, Costa e Silva, Geisel e Figueiredo. A “passional mitologia da copa”, Drummond sabia, era uma atraente isca ideológica. O futebol, afinal, “às vezes regressa ao primitivismo, com escalas pelo nacionalismo zangado”.
Há também duas seções dedicadas ao gênio de Garrincha e Pelé, dupla que o autor considerava uma espécie de antítese do Jeca Tatu de Monteiro Lobato. No comovido posfácio que escreveu para esta obra, aliás, Pelé faz questão de retribuir a afeição que o escritor sempre lhe dedicou: “O difícil, o extraordinário, não é escrever mil textos, como Drummond. É escrever um texto como Drummond.”
As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Quando é dia de futebol, o leitor encontrará o posfácio do ídolo do futebol Pelé e bibliografias selecionadas de e sobre Drummond.
Bibliografias completas, uma cronologia de vida e obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
“Carlos Drummond de Andrade entendia que o futebol expressava sobretudo uma emoção política. Nossas vitórias, escreveu, abriam os olhos do povo para suas “negadas capacidades de organização, persistência, resistência, espírito associativo e técnica”. Mais que isso: permitiam à nossa gente que descobrisse a si mesma.
Antologia de contos, crônicas e poemas sobre a paixão pelo esporte compartilhada pela nação e o poeta, QUANDO É DIA DE FUTEBOL retorna em novo projeto, com posfácio de Pelé (@pele).
Organizados cronologicamente, acompanhando as copas que nossa seleção venceu ou deixou de vencer entre 1954 e 1986, os poemas, crônicas e cartas reunidos neste livro também analisam os conturbados anos que precederam e se seguiram ao golpe de 1964.
As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em QUANDO É DIA DE FUTEBOL, o leitor encontrará o posfácio do ídolo do futebol Pelé e bibliografias selecionadas de e sobre Drummond.”
Editora Record; 2ª edição (31 outubro 2022)
Idioma Português
Capa comum 230 páginas
ISBN-10 6555875259