PRECISAMOS FALAR DE CONSENTIMENTO
Precisamos falar de consentimento: Uma conversa descomplicada sobre violência sexual além do sim e do não
Ao mesmo tempo em que é um conceito chave para o respeito e a segurança nas relações sexuais contemporâneas, o consentimento tem sido muitas vezes entendido de forma equivocada ou superficial. Neste livro que reúne o conhecimento e a experiência de três mulheres engajadas nos debates e nas lutas contra a violência de gênero, o tema, complexo, ganha uma abordagem aprofundada, corajosa e, sobretudo, descomplicada.
Reunindo referências dos campos da psicologia, do direito, da literatura especializada, além de uma série de exemplos de casos conhecidos e situações que atingem cotidianamente meninas e mulheres, as autoras apresentam as nuances que estão em jogo quando falamos de violência sexual e suas diversas manifestações. Com isso, disponibilizam um repertório essencial sobre o assunto para ser lido com a família, na escola, entre amigas, de forma aberta e franca, porque somente com informação e conhecimento poderemos criar uma sociedade mais saudável, justa e segura.
Você encontrará neste livro:
– O que dizem as leis
– Descomplicando o “juridiquês”
– Os tipos de violência sexual
– Casos notórios e exemplos cotidianos
– Avisos de gatilho
– Dicas de leituras adicionais e filmes
-Onde procurar ajuda e como ajudar
“Esta obra desafia estereótipos simplistas e propõe uma reflexão sobre as complexidades do termo consentimento. De leitura obrigatória, diante da urgente necessidade de um entendimento mais crítico e abrangente das dinâmicas de poder e, por consequência, das diversas formas de violência sexual, propõe-se a fomentar reflexões honestas sobre sexualidade, poder e consentimento, as quais certamente contribuirão de maneira significativa para a construção de uma sociedade mais justa e respeitosa para todas as mulheres.” Fayda Belo , advogada criminalista especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios
“A discussão proposta neste livro é um passo urgente no combate à violência contra a mulher. Precisamos falar de consentimento porque a fronteira que separa o sexo do estupro vai muito além do “não é não” ou do “só sim é sim”. E esclarecer as nuances por trás desse debate significa acolher vítimas, proteger o direito inviolável aos nossos corpos e dar aos homens ferramentas para entender do que é feito, afinal, o consentimento livre. E que, sem ele, a única opção é recuar.” Cristina Fibe , jornalista e escritora especializada na cobertura de violência contra a mulher
Contracapa
Neste livro-diálogo, como as autoras muito propriamente denominam, Arielle Sagrillo Scarpati, psicóloga, Beatriz Accioly Lins, antropóloga, e Silvia Chakian, promotora de justiça, juntam seus diferentes olhares para proporem uma reflexão sobre o que caracteriza consentimento na relação sexual. O fazem de forma leve e descomplicada, mas não rasa. Aliás, nisso, atingem com maestria seu propósito: combinar rigor com clareza e falar de coisas difíceis de formas mais fáceis. Trazendo as diversas teorias e abordagens existentes, não se eximem de discutir a dificuldade que é enfrentar a enorme zona cinzenta que há entre o “sim” e o “não” e explicam com clareza porque a necessidade de um consentimento explícito para caracterizar um relação sexual consensual é um bom começo de conversa, mas não o fim dela. Quanta história de opressão feminina pode conter em um “sim”? O livro não nega a grande evolução dos últimos anos, mas nos alerta para o longo caminho que ainda precisa ser percorrido para que, enfim, possamos chegar a relações sexuais construídas a partir de colaboração, sintonia e reciprocidade. Apesar da questão de gênero permear a discussão do livro, as autoras tocam também no ponto sensível do abuso de meninos. Em um tempo no qual se registram mais de cinco estupros de menores de 14 anos por hora no país, dos quais 86% são contra meninas que, em 70% dos casos são estupradas por familiares, essa discussão sobre consentimento é mais do que urgente.
LUCIANA TEMER, presidente do Instituto Liberta
Sobre o Autor
Arielle Sagrillo Scarpati é psicóloga, com mestrado em Psicologia Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), doutorado em Psicologia Forense pela Universidade de Kent, Inglaterra, e pós-doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Há mais de uma década trabalha com pesquisa, intervenções clínicas e sociais com ênfase nas vulnerabilidades sociais, violências de gênero, masculinidade e saúde mental. Tem artigos publicados sobre violência sexual e participou da coletânea Ministério Público estratégico: violência de gênero (2023).
Beatriz Accioly Lins é antropóloga e pesquisadora, com mestrado e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (USP). Foi pesquisadora convidada no Departamento de Antropologia da University College London (UCL), em Londres, Inglaterra. Atua como gestora de projetos de impacto social e acesso a direitos fundamentais, trabalhando na promoção, avaliação e monitoramento de políticas públicas. É associada ao Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS–USP). Publicou, entre outros livros, A lei nas entrelinhas: a lei Maria da Penha e o trabalho policial (2018) e Caiu na net: nudes e exposição de mulheres na internet (2021).
Silvia Chakian é Promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo e integrante da Promotoria Especializada de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar (MPSP). Coordena o Núcleo de Atendimento a Vítimas e a Ouvidoria das Mulheres do MPSP. Mestre e doutoranda em Direito Constitucional pela PUC-SP, é professora da Escola Superior do Ministério Público e membro da Comissão Nacional Permanente de Violência contra a Mulher. Publicou os livros A construção dos direitos das mulheres (2020), Crimes contra crianças e adolescentes (2024), Crimes contra crianças e adolescentes (2024), entre outros.
Detalhes do produto
Editora Bazar do Tempo; 1ª edição (20 agosto 2024)
Idioma Português
Capa comum 184 páginas
ISBN-10 6585984080
