O curioso caso de Benjamin Button
O nascimento de um bebê-aberração mancha a reputação de uma família tradicional – e nem o maior dos privilégios sociais é capaz de livrar os Button dessa desonra. .
“É ultrajante!”, gritou o médico. O que se ouvia no hospital em que Benjamin Button nasceu era tudo menos uma história comum. Na maternidade, havia um recém-nascido, sim, mas não um bebê: Benjamin tinha a pele enrugada, cabelos brancos povoavam sua cabeça, e uma longa barba grisalha corria de seu queixo. Não havia dúvidas: tratava-se de um velho, e um velho que, ao contrário do resto de nós, rejuvenesceu com o passar dos anos.
Neste cômico e tocante conto publicado em 1922, antes de seu aclamado romance O grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald já provoca inquietação nos leitores. Mais do que retratar uma família incomum do século XIX, esta história fala da passagem do tempo e de como ela afeta a vida privada.
A nova edição da Antofágica chega ilustrada por Julia Jabur, com tradução de Debora Fleck e Mariana Serpa. A apresentação é da escritora Mariana Salomão Carrara e os posfácios, de Isadora Sinay, doutora em Literatura pela USP, Sérgio Rizzo, crítico de cinema, e do autor João Anzanello Carrascoza.
EXTRA: Ao escanear o QR Code da cinta, o leitor tem acesso à videoaula sobre o livro com Isadora Sinay, doutora em Literatura pela USP.
MAIS SOBRE O LIVRO
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A história já é conhecida, mas sempre vale a pena ser contada. Inspirado por uma frase de Mark Twain, o pai de Tom Sawyer e de Huckleberry Finn – “A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18” –, o escritor F. Scott Fitzgerald imaginou a vida de um homem do fim para o começo em O Curioso Caso de Benjamin Button, expoente da ‘Era do Jazz’ publicado pela primeira vez em 1922. O conto, que este ano completou 100 anos, permanece atual e, este mês, ganhou nova edição da Antofágica, com tradução inédita para o português, feita direto do original.
O conto de Fitzgerald chamou pouca atenção na época em que foi publicado pela primeira vez, mas teve seu interesse renovado a partir dos anos 1970. De lá para cá, coleciona artigos acadêmicos que se propõem a entender seus sentidos filosóficos. No Brasil, consta no currículo da Secretaria Estadual de Educação do Paraná como parte integrante da disciplina Filosofia, para os alunos do Ensino Médio. Em 2013, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, publicou artigo comparativo entre o conto e… ( LEIA COMPLETO)
2) A NEGAÇÃO DA MORTE EM O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON