Incidente em Antares
“Meio-dia, sexta-feira, 13 de dezembro de 1963. Uma assembleia é convocada em Antares, pequena cidade no sul do Brasil. Há uma greve geral, e até mesmo os coveiros estão sem trabalhar, de modo que os cadáveres não podem ser sepultados. À luz do sol, vagando livremente pelas ruas, os mortos-vivos enfim se sentem à vontade para vasculhar a intimidade alheia e falar o que bem entendem, sem receio de repressão das autoridades.
Publicado originalmente em 1971, o último romance de Erico Verissimo se tornou uma das obras mais emblemáticas da literatura brasileira. Crítica política contundente, sátira da ditadura militar e marco do realismo fantástico ? trata-se possivelmente do primeiro livro de zumbis do país ?, Incidente em Antares impressiona por seu vigor e sua atualidade.
O presente volume traz posfácio do escritor Sérgio Rodrigues, que coordena a edição, além de ampla fortuna crítica e ensaio visual inédito do artista Fernando Vilela.”
Editora Companhia das Letras; 2ª edição (27 abril 2023)
Idioma Português
Capa dura 608 páginas
ISBN-10 6559211355
Considerada como pertencendo ao Realismo Mágico, a obra Incidente em Antares (1971), de Érico Veríssimo, foi uma das últimas criações do escritor gaúcho.
A história, dividida em duas partes (Antares e o Incidente), gira em torno de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul que tem a sua rotina completamente virada de cabeça para baixo após uma greve geral.
Operários, garçons, bancários, enfermeiros, funcionários do cemitério… todos aderiram a greve e a cidade parou. Diante da impossibilidade de serem enterrados os sete cadáveres que faleceram durante aquele período, os defuntos se levantam dos seus caixões e passam a perambular pela cidade.
Publicado no auge da ditadura militar, Incidente em Antares é uma história ao mesmo tempo cômica e dramática que promove uma crítica à política brasileira.
Resumo
Primeira parte: Antares
Na primeira parte do romance de Érico Veríssimo ficamos conhecendo a pequena cidade fictícia de Antares, situada no Rio Grande do Sul, quase na fronteira com a Argentina.
A região era dominada por duas famílias que se odiavam profundamente: os Vacariano e os Campolargo. A descrição da cidade e do mecanismo de funcionamento social ocupa quase um terço do texto. Fica claro ao longo da leitura das páginas como as duas famílias que geriam a região tinham valores altamente questionáveis e se alfinetavam mutuamente.
Antares dá conta da genealogia da terra…(LEIA COMPLETO)