EU SÓ DISSE MEU NOME

EU SO DISSE MEU NOME

Estudante de Geologia na USP, Alexandre Vannucchi Leme tinha 22 anos quando foi torturado até a morte no DOI-Codi de São Paulo, o mais temido endereço da repressão, sob a liderança do major Carlos Alberto Brilhante Ustra, em 1973. Cometeu suicídio com uma gilete, dizia a primeira versão repetida por seus algozes. Foi atropelado por um caminhão ao tentar fugir, divulgaram em seguida. Começava assim a longa jornada de seus pais para localizar o filho e, uma vez confirmado o assassinato, reaver seus restos mortais: uma busca que se converteria em luta por memória, verdade e justiça. A morte do Minhoca, como o jovem era conhecido na USP, foi um divisor de águas na história do país. Pela primeira vez desde o AI-5, algo entre 3 mil e 5 mil estudantes lotaram a Catedral da Sé para ouvir o cardeal dom Paulo Evaristo Arns acusar as autoridades de tirar a vida de um garoto. A ditadura começou a cair ali.

Leia também : “Ilícito absoluto”, de Pádua Fernandes

 

Editora DISCURSO DIRETO; 1ª edição 

Idioma  Português

Capa comum  192 páginas

ISBN-10  6599854214

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