Antologia do Poema em Prosa no Brasil
Esta antologia reúne uma centena de poetas e mais de duzentos poemas, abrangendo quase um século e meio de história literária. O mais importante, porém, é que se volta para um modelo comum na modernidade, mas pouco comentado pela crítica: o poema em prosa. Criado por Charles Baudelaire, em meados do século XIX, tornou-se uma forma de escrita em que a poesia se exime de formalismos prévios e aventura-se na expressão livre.
Fernando Paixão se lançou ao desafio de traçar as linhas de força desse tipo de escrita na poesia brasileira, do século XIX à atualidade. O resultado surpreende, pois revela um panorama diferente da conhecida tradição. Modelo exaltado pelos poetas simbolistas, foi pouco praticado pelos modernistas e ganhou evidência com os autores da poesia marginal dos anos 1970, quando passou a frequentar sem protocolos os livros de poesia. No século XXI, entrega-se à autoironia e à fragmentação.
Antologia do Poema em Prosa no Brasil mapeia um capítulo especial da literatura no país. E oferece ao leitor a oportunidade de descobrir um território original e insuspeito. Sem receio de mesclar prosa com poesia.
Obra passa em revista a tradição do poema em prosa na literatura brasileira.
“Antologia do Poema em Prosa no Brasil” reúne uma centena de poetas e mais de duzentos poemas, abrangendo quase um século e meio de história literária. O mais importante, porém, é que se volta para um modelo comum na modernidade, mas pouco comentado pela crítica: o poema em prosa. Criado por Charles Baudelaire, em meados do século XIX, tornou-se uma forma de escrita em que a poesia se exime de formalismos prévios e aventura-se na expressão livre.
Fernando Paixão se lançou ao desafio de traçar as linhas de força desse tipo de escrita na poesia brasileira, do século XIX à atualidade. O resultado surpreende, pois revela um panorama diferente da conhecida tradição. Modelo exaltado pelos poetas simbolistas, foi pouco praticado pelos modernistas e ganhou evidência com os autores da poesia marginal dos anos 1970, quando passou a frequentar sem protocolos os livros de poesia. No século XXI, entrega-se à autoironia e à fragmentação.
“Antologia do Poema em Prosa no Brasil” mapeia um capítulo especial da literatura no país. E oferece ao leitor a oportunidade de descobrir um território original e insuspeito. Sem receio de mesclar prosa com poesia. O livro tem ilustrações de Sergio Fingermann e sai pela Ateliê Editorial e a Editora Unicamp.
Antologia do Poema em Prosa no Brasil
Leda Cartum (1988) – Acontecimento • Presente
Juliana Ramos (1987) – Limiar (As Chaves) • Mercado-Trem
Guilherme Gontijo Flores (1984) – Tese Terceira • Torção
Diogo Cardoso dos Santos (1983) – Mulher. Cavalo • [Por Duas Vezes Gritei]
Marília Garcia (1979) – De Verde Sob o Relógio • Cabeça Erguida, Crê que É Invisível
Samarone Marinho (1976) – A Perna Calada • Morada
Tarso de Melo (1976) – Demolições 1 • Forte
Annita Costa Malufe (1975) – [Daqui Deste Lado da Calçada] • Poema para Duas Vozes
Sergio Cohn (1974) – Descurso • Nota Sobre a Autoria
Andréia Carvalho (1973) – Imperativos Orientais • Certidão de Nascimento
Angélica Freitas (1973) – Eu Durmo Comigo • R.C.
Manoel Ricardo de Lima (1970) – O Quadrado Branco, Futebol • O Quadrado Branco, Ernst e a Vitrola
Alberto Pucheu (1966) – Lamento para Solo de Cordas • Tradução Livre de um Poema Inexistente de Lyn Hejinian
Miguel Sanches Neto (1965) – No País de José Paulo Paes
Rodrigo Garcia Lopes (1965) – Cityscape • Oásis
Heitor Ferraz (1964) – Pré-Desperto • Velórios
Marcos Siscar (1964) – Jardim de Vestígios • Um Modo de Estar
Paula Glenadel (1964) – A Doadora • Contratempo
Claudia Roquette-Pinto (1963) – [Ele Era Todo Liso] • […Entre Pernas, Entre Braços]
Maria Esther Maciel (1963) – A Orquestra da Natureza
Claudio Daniel (1962) – Caranguejo • Sex Shop
Juliano Garcia Pessanha (1962) – “Quixotesca Ficção Verbal” • Prisão da Distância
Carlito Azevedo (1961) – As Metamorfoses • O Anjo Boxeador
Ronald Polito (1961) – Enjambement • Histórias Naturais
Arnaldo Antunes (1960) – [As Cores Acabam Azuis]
Nuno Ramos (1960) – Poema Placebo • Ó
Waldo Motta (1959) – No Cu do Mistério • Retorno Triunfal
Floriano Martins (1957) – Gabriel Rindo de Si Mesmo • xxxviii
Ruy Proença (1957) – Antideus • [Eu Conheci o Diabo]
Carlos Ávila (1955) – [Noite] • Neighbours
Donizete Galvão (1955-2014) – Os olhos de Charlotte Rampling
Fernando Paixão (1955) – Gaivotas • O Farejador
Régis Bonvicino (1955) – Outros Passos • Prosa
Rosana Piccolo (1955) – Biografia de uma Baleia • Vacas
Contador Borges (1954) – [Não Entende a Aranha] • [A Máscara Disfarça]
Horácio Costa (1954) – Cetraria • Na Cantina Mágica
Paulo Franchetti (1954) – Cigarra • Partida
Ana Cristina Cesar (1952-1983) – Arpejos
Angela Melim (1952) – A Dor Dor • Sub-Urb
Júlio Castañon Guimarães (1951) – Canções • Última Canção
Paulo Henriques Britto (1951) – Memento
Alcides Villaça (1946) – Poema em Prosa a Quatro Mãos para um Leitmotiv • O Filho do Fazendeiro
Dalila Teles Veras (1946) – Cavalhadas • Drósera
Paulo Leminski (1944-1989) – Limites ao Léu
Torquato Neto (1944-1972) – Pessoal Intransferível • Colagem
Antonio Fernando de Franceschi (1942-2021) – Corpo
Rubens Rodrigues Torres Filho (1942-2023) – Uma Prosa É uma Prosa É uma • Pétalas
Tite de Lemos (1942-1989) – [Tenho Meditado na Poesia] • A Arara
Leonardo Fróes (1941) – Koisas da Polítika • Peg-Ação do Outro
Claudio Willer (1940-2023) – Dias Circulares • Anotações para um Apocalipse
Francisco Alvim (1938) – Quarto e Sala
Lindolf Bell (1938-1998) – A Guitarra Elétrica • Exercício para García Lorca
Affonso Romano de Sant’Anna (1937-2025) – As Bestas • [Poema Conceitual: Teoria e Prática]
Myriam Fraga (1937-2016) – Guerrilha • O Sétimo Selo
Roberto Piva (1937-2010) – Festival do Rock da Necessidade • Heliogábalo III
Eduardo Alves da Costa (1936) – O Poeta Eduardo Leva Seu Cão Raivoso a Passear
Vilma Arêas (1936) – À Queima-Roupa
Sebastião Uchoa Leite (1935-2003) – Perguntas a H.P. Lovecraft • Reflexos
Ivan Junqueira (1934-2014) – Poema • Crônica
Mário Chamie (1933-2011) – Semanário no Templo • Pátria dos Costumes (O Outro Lado do Dado)
Ferreira Gullar (1930-2016) – Carta do Morto Pobre • Carta ao Inventor da Roda • Carta de Amor ao Meu Inimigo mais Próximo • Réquiem para Gullar
Hilda Hilst (1930-2004) – Teologia Natural • Novos Antropofágicos I
Haroldo de Campos (1929-2003) – [E Começo Aqui e Meço Aqui] • [Como Quem Escreve um Livro] • [Passatempos e Matatempos]
José Paulo Paes (1926-1998) – Do Novíssimo Testamento
Lêdo Ivo (1924-2012) – Além do Passaporte • Porto Real do Colégio • Sábado • O nome dos navios
José Paulo Moreira da Fonseca (1922-2004) – Due Storielle Fiorentine
Paulo Mendes Campos (1922-1991) – Pequeno Soneto em Prosa • Poema das Aproximações
João Cabral de Melo Neto (1920-1999) – Episódios para Cinema • Introdução ao Instante
Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992) – O Aprendiz de Poeta no Ano da Graça de 1931 • Sermão na Catedral
Manoel de Barros (1916-2014) – Informações Sobre a Musa • A Volta (Voz Interior) • De Tatu
Xavier Placer (1916-2008) – A Hora da Criação • Pássarosurpresa
Lúcio Cardoso (1912-1968) – Pátria! • Uma Coleção Individual (Poema em Prosa)
Mário Quintana (1906-1994) – Tempo Perdido • O Apanhador de Poemas • Tableau!
Augusto Meyer (1902-1970) – Metapatafísica • O Outro • Discurso da Mosca • Praça do Paraíso
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – Quintana’s Bar • Declaração de Amor
Murilo Mendes (1901-1975) – Par Ímpar • O Poeta, a Musa e a Noite • Permanência • O Ovo
Dante Milano (1899-1991) – Noturno • Sentado numa Pedra
Raul Bopp (1898-1984) – “Padre-Nosso” Brasileiro
Sérgio Milliet (1898-1966) – Fugir em Voo Rasteiro • Saudade
Aníbal Machado (1894-1964) – O Desembarque do Poema • O Direito ao Dia Seguinte • O Homem Inacabado • Discurso Patético a um Homem que Envelhece
Jorge De Lima (1893-1953) – Zefa Lavadeira • Pra Donde que Você Me Leva • O Grande Desastre Aéreo de Ontem
Mário de Andrade (1893-1945) – A Menina e a Cantiga
Oswald de Andrade (1890-1954) – Falação
Pedro Kilkerry (1885-1917) – Notas Trêmulas • Do Hinário de um Nômada
César de Castro (1884-1930) – Debelatório • Lésbica • Nefas
Colatino Barroso (1873-1931) – Rei Palhaço • Virgens
Lima Campos (1872-1929) – VIII • XXII
Oliveira Gomes (1872-1917) – Monólogo de Hamlet • Ode ao Vinho
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) – Ismália • Eurinice • Noites de Luar
Dario Veloso (1869-1937) – O Jardim Mágico • Sensualismo • Nihil
Júlio Perneta (1869-1921) – Do Manuscrito Satânico • Oração a Satã
Nestor Vítor (1868-1932) – O Maribondo Metafísico • A Alegoria das Parábolas
Medeiros e Albuquerque (1867-1934) – Aquela em que Não se Deve Crer… • O Campo e a Alcova
Nestor de Castro (1867-1906) – O Bucolismo de um Riso • Inverno • A Tentação da Morte
Emiliano Perneta (1866-1921) – Agonia • Renascença
Gonzaga Duque (1863-1911) – Morte do Palhaço • Sapo!…
Raul Pompeia (1863-1895) – Vibrações • O Mar • O Ventre • Conclusão (A Fábula do Céu)
Virgílio Várzea (1863-1941) – A Papagaio • Marta
Cruz e Sousa (1861-1898) – Balada de Loucos • Navios • Vitalização • Os Cânticos
Rocha Pombo (1857-1933) – O Monge • Nas Catacumbas
Capa: Gustavo Piqueira / Casa Rex
Ilustrações: Sergio Fingermann
Coedição: Editora Unicamp