Assombros cotidianos: Antologia
Esta antologia percorre livro a livro a trajetória poética de Mario Quintana. As poesias aqui reunidas formam um vívido retrato do autor e sua obra, debruçando-se sobre as pequenas maravilhas da vida e questionamentos acerca do tempo, da existência, da morte e do próprio ofício do poeta.
Em 1940 Mario Quintana publicava seu primeiro livro de poesia, A rua dos cata-ventos , iniciando uma profícua e importante jornada literária enriquecida por suas atuações como jornalista e tradutor de inúmeras obras da literatura mundial ? entre elas grandes clássicos como Em busca do tempo perdido , de Marcel Proust, e Mrs. Dalloway , de Virginia Woolf.
Assombros cotidianos percorre a trajetória poética de Quintana desde sua estreia em livro até Velório sem defunto , publicado em 1990, pouco antes de sua morte. Apresentados em ordem cronológica e selecionados pelo jornalista e escritor Márcio Vassallo, os poemas aqui reunidos são tanto uma porta de entrada para os não iniciados como um chamado para aqueles que buscam um mergulho em sua obra.
Conhecido por traduzir o cotidiano e as coisas simples da vida com humor e sensibilidade, o poeta dispensa excessos ou afetação na linguagem. Sua escrita embala o leitor de forma natural e fluida, mas nem por isso menos profunda. Como atesta Vassallo no texto que abre esta antologia: “Nem todo cotidiano é assombroso, mas todo assombro é cotidiano para quem vive em estado de poesia”.
“Julgava Quintana que o poeta é uma espécie de encantador de coisas. Pega as mais banais e delas arranca uma grandeza que ninguém espera. Aproxima-se do mais desanimado dos leitores e, com palavras sutis, o desperta.” José Castello
“A poesia de Quintana jamais é afobada. Detém-se, com minúcia joalheira, nas cintilações do precário e do mínimo.” Antonio Carlos Secchin
“Quintana comove o leitor com seu intimismo, sua ternura, suas nostalgias e, afinal, seu humor ligeiramente irônico e em certos momentos até sarcástico.” Sérgio Faraco
“É o poeta mais popular do Brasil, o que mais pensou e falou sobre a poesia.” Fabricio Carpinejar