Obra-prima da literatura satírica, misto de realismo mágico, comédia de costumes, história de amor e crítica social e política, o romance vem atravessando gerações espalhando suas influências nas mais diversas áreas da cultura mundial. Só pra citar alguns exemplos, Salman Rushdie bebeu no livro de Bulgakov para escrever seu famoso Versos Satanicos; a letra da canção Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones, foi escrita logo após Mick Jagger ter lido o livro e ainda o compositor alemão York Höller chegou a compor em 1989 uma ópera baseada na história. Mas do que trata esse livro? a história é a seguinte: Bulgákov narra a chegada do diabo em plena Moscou comunista dos anos 1930. Na comitiva ele traz um gato preto enorme que adora vodka, xadrez e armas de fogo e uma feiticeira nua. A partir da chegada dos demônios, tudo se torna um inferno. Coisas estranhas e aparentemente impossíveis começam a acontecer por todos os lados da capital e cidades adjacentes: notas de dinheiro se transformam em abelhas, roupas desaparecem do corpo, um terno vai trabalhar sem o seu dono dentro. O que todos ali não sabem é que, depois dessa visita, nada será como antes e um rastro de destruição e loucura mudará o destino de quem cruzar seu caminho. Paralela à história principal, há uma outra, de um livro dentro do livro, escrito pelo Mestre. Trata-se da história de Pôncio Pilatos, ambientada na Jerusalém do ano 29 d.C.. Essa história recria toda a trajetória de Jesus, do julgamento até a sua crucificação. A narrativa de Bulgákov no entanto está longe de se alinhar à história bíblica e esse é um dos motivos da polêmica em relação ao livro, tendo sido o romance inclusive, acusado por muitos religiosos de ser uma obra satanista. Bulgakov escreveu o livro em segredo, nas sombras do período mais violento da repressão de Stálin. Num momento de paranóia, chegou a queimar uma primeira versão do romance. A situação de medo e delírio acabou transportada para o livro, num lance claramente autobiográfico, que gerou sua frase mais famosa, dita pelo diabo: “manuscritos não ardem”. Clássico da primeira a última linha. Daqueles livros que não podem deixar de figurar em qualquer lista de romances fundamentais da literatura do século XX.
“Em ‘O mestre e Margarida’, Bulgákov narra a chegada do diabo em plena Moscou comunista dos anos 1930. E satanás não está sozinho; em sua comitiva, há uma feiticeira nua, um homem de roupas apertadas e monóculo rachado e um gato preto de ‘proporções espantosas’. Tudo começa em uma tarde de primavera, quando Satanás e seu séquito diabólico decidem visitar a cidade e encontram poetas, editores, burocratas e todo tipo de pessoas tentando levar a vida em pleno regime comunista. O que todos ali não sabem é que, depois dessa visita, nada será como antes – um rastro de destruição e loucura mudará o destino de quem cruzá-lo.”
Leia mais :
Livro de Bulgákov guarda semelhanças com “Macunaíma” ( Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2101201027.htm
Resenha de ‘O mestre e Margarida’, de Mikhail Bulgákov ( O Globo)
http://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/resenha-de-mestre-margarida-de-mikhail-bulgakov-265969.html
O MESTRE E MARGARIDA
Autor: BULGAKOV, MIKHAIL AFANASEVICH
Tradutor: PRESTES, ZOIA
Formato: LIVRO
Origem: NACIONAL
Editora: ALFAGUARA BRASIL
Edição: 1
Assunto: Romances
Idioma: PORTUGUÊS
Ano de Edição: 2017
Ano: 2010
País de Produção: BRASIL
Código de Barras: 9788579620010
ISBN: 8579620015
Encadernação: BROCHURA
Complemento: NENHUM
Nº de Páginas: 456