The Beatles – “Red” and “Blue” Albums (2023 Edition)

Melhor coletânea dos Beatles volta com repertório ampliado e inédita

A melhor coletânea dos Beatles está de volta. Na verdade, são os discos duplos The Beatles/1962-1966 e The Beatles/1967-1970, conhecidos como The Red Album e The Blue Album.

Novembro vai começar com o lançamento de Now and Then, canção que John Lennon gravou em 1977 e que foi finalizada mais tarde por Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Em seguida, chegam ao mercado o Álbum Vermelho e o Álbum Azul.

A melhor notícia é que os dois álbuns voltam com a adição de várias faixas e remixagem em atmos, que traz o som… (LEIA COMPLETO)

OS BEATLES AMPLIAM AS COLETÂNEAS ‘RED’ E ‘BLUE ALBUM’

AS NOVAS EDIÇÕES CONTAM COM 75 FAIXAS DESTACADAS, INCLUINDO A INÉDITA “NOW AND THEN”

Os Beatles surpreendem mais uma vez! Logo após compartilharem “Now And Then”, o grupo apresenta versões expandidas dos icônicos álbuns de coletânea The Beatles/1962-1966 e The Beatles/1967-1970, conhecidos como The Red Album e The Blue Album. A faixa inédita foi composta e… (LEIA COMPLETO)

 

ARTIGO

The Beatles “RED and BLUE ALBUMS” – Porque as mais famosas coletâneas dos Beatles permanecem relevantes

Por Vladimir Araújo

Quando foram lançadas em 1973, as coletâneas “1962-1966 “/ “1967-1970” causaram furor entre os fãs e não fãs dos Beatles pelo que traziam, afinal, pouco mais de três anos após o fim da banda, nada menos que 2 álbuns duplos passavam em revista toda a carreira do grupo, fazendo com que esses discos ganhassem lugar cativo em sua discografia.

Eis que, 50 anos depois, os remanescentes Paul Mccartney e Ringo Starr e os representantes dos espólios de John Lennon e George Harrison resolvem reeditar os já famosos álbuns “azul e “vermelho” de forma turbinada, acrescentado nada menos que 21 músicas às compilações e enxertando “Now and Then”, aquela por eles mesmos denominada de “ a última música dos Beatles”.

Bastou a reedição ser anunciada, no entanto, para que alguns fãs mais mal-humorados começassem a tecer críticas pesadas aos discos, afirmando que eles ( no caso, “eles” são os próprios Beatles) não tinham o direito de mexer nas coletâneas.

Muita calma nessa hora. Se foi um equívoco acrescentar músicas aos discos originais, trata-se no máximo de um pecadilho, não de um sacrilégio como querem alguns, afinal, os 2 álbuns duplos, por mais importantes que sejam, são apenas coletâneas. Inaceitável seria, se “Now and Then” tivesse sido, por exemplo, colocada como última música do disco “Let it Be”.

Quanto à inserção de novas faixas às compilações, dois fatores poder ser presumidos como determinantes: diferentemente do que foi feito com os álbuns Revolver, Sgt. Peppers, White Album, Let it Be e Abbey Road, não haveria material suficiente para que fossem lançadas caixas especiais dos primeiros discos da banda. Assim, resolveu-se o problema remixando aquilo que foi considerado mais representativo dos primeiros álbuns e posicionando as faixas no álbum “vermelho”. Mesmo raciocínio usado para inclusão no disco “azul” de músicas do Magical Mistery Tour, por exemplo. Ademais, onde colocar “Now and Then”? Deixar a música solta num single? Não. Tal qual foi feito com “Free as a Bird” e “Real Love”, optou-se por incluí-la num espaço mais robusto e, a se seguir este pragmatismo, a coletânea figura sim como o lugar, se não ideal, o mais próximo do aceitável.

Ainda em relação aos fãs mais radicais, houve também quem reclamasse das novas mixagens feitas por Giles Martin, filho do produtor original George Martin. Mais mau humor por aqui. Sim, é verdade que nas novas mixagens há muita coisa que fica perto do exagero ou mesmo da “forçação” de barra, caso das novas versões em estéreo para músicas como “Love me do” e “She loves you”. Inegável , porém, que ouvir canções como “ I am the Walrus” nessa nova edição é algo próximo ao sublime, haja vista a limpeza do som e a percepção de cada instrumento ali tocado.

Outro ponto a ser levado em consideração diz respeito presumivelmente ao pragmatismo comercial dos ex-beatles. Ora, não haveria oportunidade melhor de mostrar a banda às novas gerações, que entregando a estas 2 álbuns duplos com um número mais que considerável de músicas com mais de 50 anos de idade, mas com corpinho de 20. Funcionou? Claro que sim. Na semana de lançamento as coletâneas ficaram entre os 10 discos mais vendidos das paradas inglesas.

Terminando e para resolver a questão, sugiro que façamos assim: quem está reclamando das novas edições, abra a estante e escute as versões antigas ( eu mesmo já comprei e recomprei esses álbuns umas três vezes). No final das contas, o importante é que, tanto na versão de 1973 quanto nesta mais recente, as músicas ali contidas continuam sem prazo de validade, portanto, deixe o mau humor de lado, abra um sorriso, ponha os fones e seja feliz.

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Vladimir Araújo

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