Outra gafe do biógrafo Benjamin Moser a respeito da escritora Clarice Lispector
Márwio Câmara
Recentemente, Benjamin Moser, biógrafo norte-americano de Clarice Lispector, publicou na revista “The New Yorker” uma possível entrevista “perdida” da autora de “A Paixão Segundo G. H.”, concedida ao Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro, no ano de 1976. Logo, diferentes portais de notícia, inclusive os brasileiros, replicaram a informação, para o delírio coletivo de uma massa de leitores que pôde se debruçar avidamente no mais longo registro público de Clarice feito para os entrevistadores Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti e João Salgueiro.
O problema da notícia revelada por um dos maiores divulgadores de Clarice Lispector nos Estados Unidos e, possivelmente, no mundo, está justamente na falta de verificação da fonte ou, talvez, no ponto de vista textual, de vocábulos que primam por uma boa relação com a semântica do material discursivo.
Afinal, não se trata de uma entrevista rara, muito menos perdida, ao menos em língua portuguesa, uma vez que a mesma fora transcrita na íntegra em duas obras editadas no Brasil: a primeira em “Encontros: Clarice Lispector”, da Azougue Editorial, organizado por Evelyn Rocha, que resgata de forma …(LEIA COMPLETO)